quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Rappa - Meu Mundo é o Barro (na Rocinha 2010)





Meu Mundo É O Barro

Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem passe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Sou novo aqui
Sou novo aqui

Eu tenho fé fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé Zé
Não é noticiário de jornal, não é é
Não é noticiário de jornal, não é é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu Cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz vai

Moço, peço licença
Eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Não tenho trabalho, nem classe, eu sou novo aqui
Sou novo aqui
Sou novo aqui

Eu tenho fé fé
Que um dia vai ouvir falar de um cara que era só um Zé Zé
Não é noticiário de jornal, não é é
Não é noticiário de jornal, não é é

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, eu sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu Cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz

E eu voltei pro mundo aqui embaixo
Minha vida corre plana
Comecei errado, mas hoje eu tô ciente
Tô tentando se possível zerar do começo e repetir o play
Repetir o play

Não me escoro em outro e nem cachaça
O que fiz tinha muita procedência
Eu me seguro em minha palavra
Em minha mão, em minha lavra

Sou quase um cara
Não tenho cor, nem padrinho
Nasci no mundo, eu sou sozinho
Não tenho pressa, não tenho plano, não tenho dono

Tentei ser crente
Mas, meu Cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz




quarta-feira, 24 de julho de 2013

CPM 22 - Regina Let's Go! (MTV AO VIVO)




Regina Let's Go

Let's go!!

Em muitas vezes procurei tentar achar
Onde eu errei em coisas que nem têm porquê
Naquela vez te perguntei,
você não soube responder
O que eu tinha feito pra você

Agora como eu vou saber
Tem hora que é melhor esquecer
Esperar o dia amanhecer
Pra ver o que a gente vai fazer

Não me importa mais nao tem como voltar
É, eu não vou mais me importar
Qualquer coisa faz sua ideia mudar
A gente ainda pode se entender

Em muitas vezes eu pensei em tentar falar
o que eu nem sei de coisas que eu já quis saber
( Mas eu nem te avisei)
Naquela vez te perguntei,
você não soube responder
o que eu tinha feito pra você

Agora como eu vou saber
Tem hora que é melhor esquecer
Esperar o dia amanhecer
Pra ver o que a gente vai fazer

Não me importa mais até quando esperar
É, eu não vou mais me importar
Qualquer coisa faz sua ideia mudar
Quem sabe a gente pode se entender
Daqui a pouco é tarde demais,
Mas isso é entre eu e você.



sábado, 6 de julho de 2013

Legião Urbana - Eduardo e Mônica




Eduardo e Mônica

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"
Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?