quarta-feira, 2 de maio de 2012

Calle 13 - John el esquizofrénico





John, O Esquizofrênico

Meu nome é John Alejandro, e sou esquizofrênico
Não sou nada de atrativo, muito menos fotogênico
Meu melhor amigo é um palhaço que me aconselha
Tem olhos de sapo, e vive dentro da minha orelha
Ele fala muito e às vezes se irrita
E quando pergunto coisas, quase nunca me responde
Mas ele dá a vida por mim e eu dou a vida por ele
Também sabemos que existe um desnível
Dentro do nosso arrededor


As pessoas pensam que estou doente
Porque corro pela cidade com meu caderno
Falando com cachorros, com short curtos e umas botas de
Vaqueiro
Um guarda-chuva na mão, e um chapéu de toreiro


Mas não estou tão mal, tambem falo com gente
Falo muitas mentiras para brincar com a mente
Gosto de dar as direções erradas do caminho
Para que as pessoas sempre chegue tarde ao seu destino


Ando com duas fadas madrinhas voando por cima
Enchendo seringas, repleto de vitaminas e morfina
Até minhas veias inundarem
E fico fazendo caretas, e as pessoas se confundem


Desculpa-me, se estou rindo muito
É que ontem minha mãe morreu, e me despidiram do trabalho
Devo 6 meses de aluguel, e nem 1 centavo na carteira
E nao tomo banho desde outubro do ano passado


Meu corpo é todo cicatrizado
Com cortes profundos e queimaduras de primeiro grau
Mas não é nada grave, nada delicado
Nunca percebo porque estou o dia todo anestesiado


Gosto de caminhar sozinho, só assim falo com o vento
Nunca fiz sexo como uma freira num convento
Tranquilo, ainda que sei que posso explodir
De repente como uma mina na segunda guerra mundial


Sou um psicomaníaco antisocial
Te comprimento, lavo as mãos com sabonete antibactericida
Sou um paciente mental, admito
Mas isso não te dá o direito de me olhar torto
E a me tratar de longe


Venha, chegue perto nao vou te fazer nada
O que parece sangue na minha camisa, é molho de tomate derramado
Venha, amiguinho chegue perto as tesouras que tenho são pra
Aparar o jardím


Sou um assassino em serie, como os de miniserie
Atrás da porta, coleciono gente morta
Para poder matar a fome, meu cafe da manha é cereal com sangue
Não tenho familia, porque matei minha familia


As vezes medicos me visitam
Com fantasias de fantasmas tentando alegrar-me
Porque sofro de transtornos, ontem coloquei meu gato no forno
E coloquei seu rabo como enfeite


Quando tenho crises começo a suar sodío
E grito forte para por o odio para fora
Também tenho medo das sombras
Não tenho coragem de ir ao banheiro
E urino no tapete


É normal, so tenho 13 anos
Ainda ando de bicicleta e não falo com estranhos
Mas se não tomo os remedios durante o ano
Todos os dias sonho te machucando
Picar-te em pedacinhos com estas mesmas tesouras
Colocar-te em sacolas plasticas e te guardar na geladeira


Não se assustem, hoje tomei meus remedios
Estou de bom humor, bem contente, com bom hálito
Eu sei que tenho cara de serio mas estou contente
Agora mesmo vou brincar com meus amigos no cemitério,
Na verdade estou apaixonado por um dos meus amigos
Faz um ano que morreu sem deixar rastros nem testemunhas
Uma menina linda com a cara cor violeta
Todas as noites me acompanha a andar de bicicleta
Ela não fala porque é surda e muda
E por isso as pessoas pensam que estou falando sozinho e que
Preciso de ajuda


Sou um assassino em serie, como os de miniserie
Atrás da porta, coleciono gente morta
Para poder matar a fome, meu cafe da manha é cereal com sangue
Não tenho familia, porque matei minha familia




 

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